quinta-feira, 11 de agosto de 2011

SHIVA – VELHO AMIGO DOS IOGUES E DOS HOMENS


Shiva (1), Velho Amigo.
Nas asas da intuição, eu ouço o Seu chamado secreto ecoando pelas dobras sutis do meu Ser. Como sempre, o meu coração se derrete de Amor no Seu abraço espiritual.
No silêncio interplanos, que só o espírito conhece, mais uma vez os sentimentos sublimes me inundam e transformam os meus olhos em cascatas.
Na “cheia de amor do coração”, eu choro, abismado diante da magnitude espiritual que vislumbro parcialmente e que me toca perenemente.
Sabe, Você chega, e eu viro criança. Não sei o que fazer; só sinto o arrebatamento de todo meu Ser em Suas mãos.
Sinto que o meu quarto vira universo...
Sinto os corações de todos os homens em meu próprio coração, e tudo dentro do Seu coração cósmico. Sinto o Seu sorriso interpenetrando todos os seres e planos...
Ah, quantas bênçãos viajam secretamente em Seu nome...
Como essa energia suave, que sobe do meu coração até o centro da testa e enche minha tela mental interna de luz carinhosa, por obra e graça de Sua compaixão, Velho Amigo.
Sabe?... Paramahamsa Ramakrishna (2) estava certo, quando dizia que, mais do que Senhor dos iogues, Você é o Amor que viaja no prana (3).
Sim, ele estava certo: mais do que a disciplina espiritual, Você preza mais o Amor e a consciência nas atitudes.
O Seu Yoga (4) é a inspiração e a expiração da Luz entre os seres; é o Seu amor pulsando nos chacras (5) e irradiando bênçãos para todos.
Mergulhado na serenidade do Seu toque espiritual, ouso chamá-Lo de Velho Amigo, pois reconheço Suas energias... Desde a antiga Índia, berço sagrado dos rishis (6), de Rama, de Krishna, de Aghastyar e de Babaji.
Sim, reconheço este toque de Moksha (7) e de Ananda (8)... Como também percebo, agora, o motivo do meu quarto virar universo.
Ah, Velho Amigo! Não sei se aguento o tranco de tanto Amor descendo aqui, não...
Tomara que tudo isso se propague a favor de todos os seres.
Sim, tomara que isso se transforme numa chuva de amor nos corações ressequidos de dor, por todos os lugares...
Shiva, Mahadeva, Shankara, Shambo, Rudra, Isha, Nataraja, Tandava... Ah, Senhor dos iogues, são muitos os nomes pelos quais os homens O chamam; mas, aqui e agora, só consigo chamá-Lo de Velho Amigo.
É que, quando o coração se derrete de Amor, desaparecem as convenções, e tudo fica muito simples e brilhando na mesma Luz.
Neste momento, não me sinto apenas como um homem, mas, como o Espírito Eterno, centelha vital do Seu Coração Espiritual.
Vim de outros planos e estou aqui por algum tempo, pelos Seus desígnios.
Ao final desta vida passageira, no instante em que Você determinar, continuarei a viagem, por aí... Sempre vivo!
Velho Amigo, seja agora, e por onde eu for, ou com quem for... Sempre deslizarei pelas esteiras de Sua Consciência Cósmica.
Aqui e agora, curvo minha cabeça a Você, Shiva, Velho Amigo; e também à Mãe Parvati (9), Seu Grande Amor; e aos seus filhos, Ganesha e Kartikeya, guerreiros e protetores dos trabalhadores espirituais, de todas as linhas e lugares.
Senhor dos iogues, mais uma vez, muito obrigado, por tudo.

- Wagner Borges –
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