segunda-feira, 18 de junho de 2012

O GOVERNO LULA POR ANTONIO ERMIRIO DE MORAES‏


O GOVERNO LULA POR ANTONIO ERMIRIO DE MORAES



Os trabalhadores tem muito a aprender, mas não podemos negar que
apontaram a seta do governo na direção de deixar de ser col�?nia
extrativista. Isto já surtiu efeito no enfrentamento da última crise
mundial, se o país estivesse com o modelo econ�?mico anterior teria
quebrado, isto foi dito por todos os segmentos da mídia (fora do
contexto partidário) antes do processo da campanha política.
Se o governo não tivesse aberto agressivamente novos mercados com
economias emergentes os efeitos seriam devastadores, isto é sério, e
só aconteceu porque a direção foi mudada, as bases econ�?micas do
governo FHC foram aproveitadas até um certo ponto, mas se não mudasse
a estratégia, o Brasil teria quebrado como ocorreu nas outras crises.
A aposta no mercado exterior emergente e no mercado interno, via
inclusão social, é reconhecido no mundo inteiro como uma grande sacada
deste governo que salvou o país de um grande desastre.
O interessante é que foi apenas uma questão de auto estima, por
incrível que pareça, o governo Lula adotou a estratégia nacionalista
dos governos militares e deu certo. O que aflige o pessoal que
governou nas décadas passadas é que o novo posicionamento foi
ideológico, deu certo, o país se protegeu e cresceu. A fome, a
miséria, as desigualdades não seriam resolvidos e
m oito anos, basta um pouquinho de bom senso pra enxergar isto.
A priorização no resgate dos pobres via programas de renda mínima e
estímulo ao micro-crédito, o aumento em "dólar" de mais de 300% no
salário mínimo, entre outras medidas, foram fundamentais para reduzir
as desigualdades, irrigar de forma bem pulverizada a economia com
dinheiro que gera emprego e germinou o ciclo virtuoso da economia.
Com o aproveitamento e o aperfeiçoamento das bases econ�?micas bastou
a decisão política de acreditar que podemos sonhar em deixar de ser
col�?nia extrativista.
Ainda estamos longe, não temos estradas, portos, aeroportos,
escolaridade, sistema de saúde, centros de pesquisa, universidades
qualificadas, mas para que possamos ter um dia todas estas coisas é
preciso que tomemos a decisão política de apostar no Brasil, no
trabalhador do Brasil, no empreendedor brasileiro, na distribuição de
renda via salários dignos, no ciclo virtuoso do bom capitali
smo, e esta decisão foi tomada neste governo.
Nesta decisão de política nacionalista, deflagrou-se um programa de
investimento maciço em infraestrutura de longo prazo, que só vai
repercutir em oito ou dez anos, visando viabilizar o desenvolvimento
do país (reindustrialização nacional, agrobusiness, infraestrutura,
geração de energia, etc), o programa de aceleração do crescimento,
PAC, representando mais uma vez a aposta no Brasil, deu certo, o
iluminado Lula novamente pontuou onde os tucanos falharam.
Quando a crise do primeiro mundo chegou o ciclo virtuoso se tornara
auto-sustentável.
O capital produtivo já havia apostado no Brasil e o país já se
mostrava como uma decisão acertada.
Em todas estas frentes estratégicas, o governo anterior apostou que as
multinacionais tomariam nossas frentes produtivas sem interferência do
estado, via privatização, etc, e gerariam novos empregos porque os
trabalhadores venderiam sua mão-de-obra bara
to e os recursos naturais estariam a sua mercê para extrair e
produzir fartos lucros.
Ledo engano, as multis são fiéis às suas origens, seu compromisso é de
envio dos fartos lucros para as matrizes.
Esta decisão estratégica errada estava transformando o país em quintal
extrativista do mundo, deixando os industriais locais à margem do
processo, com a maioria da população condenada ao sub desenvolvimento
enquanto uma minoria fazia compras nos shoppings de New York e
Londres.
O mundo desenvolvido antes de ser o que é passou por decisões
estratégicas de governo, as coisas não acontecem sozinhas. Esta foi a
direção errada do governo anterior, acreditar que o lobo seria o
melhor guardião do galinheiro e não apostar na capacidade do
empreendedor e do trabalhador brasileiro.
Os trabalhadores tem muito a aprender e isto ficou evidente nos poucos
anos de poder, mas os neocapitalistas de visão curta estiveram no
poder a vida inteira e já mostr
aram muito bem o modelo de sociedade que desejam.
Prefiro levar meu cavalo manco para a fonte do que seguir de
puro-sangue pro deserto.
Antonio Ermírio de Moraes
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