domingo, 17 de junho de 2012

Depois do trem-bala invisível, temos o navio que não navega‏


Caldeira, bom dia !!!
Chamar nossos técnicos de incompetentes é a suprema covardia de um bando vendido da nossa mídia que defende com unhas e dentes a terceirização, pois dá aos corruptos (tanto os que se vendem quanto os que os compram) condições de se enriquecerem cada vez mais.
Se nós já fizemos navios há 14 anos atrás, se nós somos (ou fomos?) referência em prospecção em águas profundas, aonde está nossa incompetência? Está somente na cabeça desses vendidos que não querem enxergar os verdadeiros culpados.
Culpam os políticos, chamam-nos de corruptos. Mas é evidente que para existir corruptos nós também temos os CORRUPTORES. Então, por que não jogam pedras também neles? Não jogam porque, seguramente esse pessoal está na folha de pagamento deles.
Dê aos nossos trabalhadores condições de trabalho decentes, não os explorando como fazem e competiremos em igualdade de condições com qualquer povo deste nosso planeta.
Sérgio Salgado
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxoxxxxxxxxxxxxxxxoxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Alguem sabe dizer se a matéria é procendente? Caldeira
.
Repasso
30/03/2012 às 18:51 \ O País quer Saber Depois do trem-bala invisível, o governo inventa o navio que não navega JÚLIA RODRIGUES Em 7 de maio de 2010, ao lado da sucessora que escolhera e do governador pernambucano Eduardo Campos, o presidente Lula estrelou no Porto de Suape um comício convocado para festejar muito mais que o lançamento de um navio: primeiro a ser construído no país em 14 anos, o petroleiro João Cândido fora promovido a símbolo da ressurreição da indústria naval brasileira. Produzida pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), incorporada ao Programa de Modernização e Expansão de Frota da Transperto (Promef) e incluída no ranking das proezas históricas do PAC, a embarcação com 274 metros de comprimento e capacidade para carregar até um milhão de barris de petróleo havia consumido a bolada de R$ 336 milhões – o dobro do valor orçado no mercado internacional. Destacavam-se na plateia operários enfeitados com adesivos que registravam sua participação no parto de mais uma façanha do Brasil Maravilha. Seria uma festa perfeita se o colosso batizado em homenagem ao marinheiro que liderou em 1910 a Revolta da Chibata não tivesse colidido com a pressa dos políticos e a incompetência dos técnicos. Assim que o comício terminou, o petroleiro foi recolhido ao estaleiro antes que afundasse ─ e nunca mais tentou flutuar na superfície do Atlântico. O vistoso casco do João Cândido camuflava soldas defeituosas e tubulações que não se encaixavam, além de um rombo cujas dimensões prenunciavam o desastre iminente. Se permanecesse mais meia hora no mar, Lula seria transformado no primeiro presidente a inaugurar um naufrágio. Estacionado no litoral pernambucano desde o dia do nascimento, nem por isso o navio deixou de percorrer o país inteiro. Durante a campanha presidencial, transportado pela imaginação da candidata Dilma Rousseff, fez escala em todos os palanques e foi apresentado ao eleitorado como mais uma realização da supergerente que Lula inventou. A assessoria de imprensa da Transpetro se limita a informar que não sabe quando o João Cândido vai navegar de verdade. O Estaleiro Atlântico Sul, criado com dinheiro dos pagadores de impostos, não tem nada a dizer. Nem sobre o petroleiro avariado nem sobre os outros 21 encomendados pelo governo. No fim de 2011, o EAS adiou pela terceira vez a entrega do navio. A Petrobras, que controla a Transpetro, alegou que os defeitos de fabricação só podem ser consertados no exterior. Quando o presidente era Nilo Peçanha, João Cândido comandou uma rebelião que exigia a abolição dos castigos físicos impostos aos marinheiros. Passados 102 anos, Dilma e Lula resolveram castigá-lo moralmente com a associação de seu nome a outro espanto da Era da Mediocridade: depois do trem-bala invisível, o governo inventou o navio que não navega.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Nenhum comentário: